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Bolsa de Valores: quando surgiu e como funciona no Brasil?

A B3 é a empresa da Bolsa de Valores do Brasil, resultado da fusão entre a BM&FBOVESPA e a Cetip.
Publicado em: 12/04/2023

A Bolsa de Valores é uma importante peça do mercado financeiro. É ela quem fornece transparência, segurança e liquidez para investidores.

Além disso, ela é um mecanismo que influencia diretamente a dinâmica da economia brasileira e possui um papel fundamental na economia global.

Isso porque, a B3, como é conhecida hoje em dia, é responsável por intermediar as negociações de:

  • Ações;
  • Títulos públicos;
  • Fundos imobiliários;
  • Derivativos;
  • Commodities;
  • Moedas estrangeiras;
  • Entre outros negócios.

Além da intermediação de alguns negócios, também são realizados serviços de custódia, registro, compensação e liquidação de operações financeiras.

No Brasil, sua história remonta a décadas atrás, e seu funcionamento influencia diretamente a dinâmica econômica do país.

Neste artigo, exploraremos a origem da Bolsa de Valores no Brasil, seu desenvolvimento ao longo dos anos e como ela opera atualmente.

 

História da Bolsa de Valores no Brasil

B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é como a Bolsa de Valores no Brasil é conhecida atualmente. Entretanto, até chegarmos ao modelo de negócio atual, um longo caminho foi percorrido.

A organização, que atualmente é uma das maiores e mais importantes empresas de capital financeiro do mundo, tem a sua história iniciada em 1843, no Rio de Janeiro.

Naquela época, a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, como era conhecida, foi criada para suprir financeiramente o Estado e negociar títulos públicos.

Entretanto, como ainda não possuía tanta relevância, em muitas ocasiões essa parte da história é deixada de lado.

Em 1890 o modelo que posteriormente se tornaria a Bovespa surgiu em São Paulo. Entretanto, a Crise do Encilhamento, que ocorreu um ano depois, obrigou a bolsa a fechar.

Quatro anos depois, foi fundada a Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo para dar continuidade ao trabalho que começou a ser desenvolvido no estado.

 

Impacto dos anos 2000 e 2010 na Bolsa de Valores

Com o avanço da tecnologia e a globalização dos mercados, a negociação de ativos se tornou cada vez mais rápida e acessível.

A introdução do pregão eletrônico trouxe agilidade e transparência às operações, permitindo que investidores de todo o mundo participassem do mercado brasileiro.

No início dos anos 2000, as bolsas de São Paulo e Rio de Janeiro comandavam quase todo o mercado. Nesse mesmo período a Bovespa passou a concentrar praticamente toda a negociação do Mercado de Ações no Brasil.

Em paralelo, a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), até então a maior empresa de valores do país, atuava negociando contratos de mercadorias, principalmente, commodities e derivativos à vista para pagamento futuro.

Foi então que no ano de 2008, Bovespa e BM&F se fundiram e formaram a BM&F Bovespa. Assim nasceu uma das empresas mais valiosas da América Latina.

Entretanto, as fusões não pararam por aí. Em 2017, a Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos (CETIP) também foi incorporada.

Essa aglomeração de negócios foi crucial para consolidar o mercado financeiro brasileiro e aumentar sua liquidez e competitividade internacional.

Assim, a Bolsa de Valores do Brasil se tornou a 5ª maior empresa de comercialização de ativos financeiros do mundo com um patrimônio, na época, estimado em US$ 13 bilhões.

 

Para quem ainda não sabe como funciona a Bolsa de Valores no Brasil

Se uma empresa deseja captar recursos através da Bolsa de Valores, ela precisa abrir seu capital e comercializar suas ações.

O passo inicial é a abertura de capital ou IPO (sigla que em português significa Oferta Pública Inicial) que ocorre quando o negócio lança suas ações no mercado pela primeira vez.

Geralmente esse movimento é tomado quando uma empresa cresce a um ponto em que precisa obter recurso de terceiros para continuar o seu desenvolvimento.

Após o IPO, a empresa vende pela primeira vez suas ações para os investidores. Este passo é realizado no mercado primário.

Depois disso, forma-se o mercado secundário em que as transações são realizadas entre os investidores. Aqui você tem mais informações sobre estes mercados.

 

E para investir?

Os investidores podem enviar suas ordens de compra ou venda por meio de corretoras autorizadas, que atuam como intermediárias entre eles e a bolsa.

As ordens são casadas de acordo com o preço e o momento em que foram enviadas, resultando em negociações efetuadas.

Além das ações, que representam partes do capital de empresas, a Bolsa de Valores também oferece a negociação de outros ativos, como títulos de renda fixa e derivativos.

Os derivativos são contratos que derivam seu valor de um ativo subjacente, como commodities, moedas ou índices de ações.

Para compreender melhor como os derivativos funcionam, temos como exemplo os derivativos agrícolas, ferramenta utilizada para a gestão de riscos do setor.

Atualmente, no Brasil, existem dezenas de empresas que intermediam os negócios e prestam consultoria financeira.

Além de conectarem os investidores à B3, as corretoras ainda auxiliam eles para que os negócios sejam feitos com segurança, visando a proteção do patrimônio.

Pensando nisso, tanto para os investidores que já tem conhecimento do mercado quanto para quem quer começar a se aprofundar nele, é importante seguir alguns passos:

  • Analise o maior número de corretoras possível;
  • Faça uma lista com os prós e contras de cada empresa;
  • Confira pontos como: vantagens e custos operacionais;
  • Contrate a que apresentar o melhor custo-benefício e que se encaixa aos seus objetivos.

É importante analisar todos esses pontos porque investimentos podem dar certo, assim como podem dar errado.

Esse é um mercado volátil em que o investidor precisa estar na mesma página que a empresa que cuidará do dinheiro dele. Por isso, o preço não deve ser o único fator a ser considerado.

 

Bolsa de Valores: oportunidades infinitas para quem deseja crescer financeiramente

A Bolsa de Valores no Brasil tem uma história rica e uma influência significativa na economia do país.

Desde suas origens no século XIX até os dias atuais, passou por diversas mudanças que a tornaram mais moderna e acessível aos investidores.

Seu funcionamento, baseado na negociação eletrônica e na interação entre compradores e vendedores, desempenha um papel crucial no mercado financeiro brasileiro e na formação de capital para empresas.

Investir na Bolsa de Valores pode ser uma maneira de participar do crescimento das empresas e potencialmente obter retornos financeiros atrativos.

No entanto, é importante lembrar que o mercado de ações também envolve riscos, e os investidores devem buscar conhecimento e assessoria adequada antes de tomar qualquer decisão de investimento.

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